14 de mar. de 2008

Sampa no pé....

é, parece q tá na hora de encarar o registro, o relato.
a exposição.
o mais difícil no momento é a concentração mesmo... e o escolher das palavras. passei tanto tempo pensando em portuñol q o portuga já não me satisfaz.

caos.
isso é a primeira e constante palavra q me vem a mente em relação à tão poca madre Sampa.
dói no nariz e na garganta a intensa poluição.
dói o corpo ao ser exprimida no metro.
os ouvidos ao passar pelo insano minhocão.
dói no coração a imensa massa de mendigos e de miséria.

é foda aguentar o cheiro de mijo nas praças, o medo do centro, e a tensão no ar.
é dificil mesmo (dizem) nao se embrutecer, com a dureza de grande parte da cidade.
e é dificil tb encontrar alimentos orgânicos, na maior capital do Brasil: elitizados total, são caros e raros...

por outro lado, a cidade é uma montoeira de gente.
gente bonita, forte, guerreira, cheia de história, e na prática: sobreviventes! dessa babilônia sem pé nem cabeça.
e tem muito projeto lindo rolando.
articulações forte, movimentos livres e pacíficos.
essa é a bela parte de sampa.
essa faz valer (será?) a dureza de se estar numa escala dessas, entre tantos e tanto concreto.

queria ter mais poesia, pra sampa.
queria ter coragem de fotografar, sampa.
já tenho fortes e bela imagens gravadas na minha memória interna.
mas as lentes canon ainda nao tiveram o mesmo gostinho q as Johnson.

vou ficando por aqui, torcendo pra vencer a tia burrocrácia, e llegar pronto a Mexico!
que seguro terá mucho y más grande caos...
a mi esperarrrrr...

Um comentário:

disse...

Recebe uma dose mais pesada da babilônia antes de zarpa! Não existiria lugar melhor do que sampa pra ti sentir que tu tem que ir. tira fotos e põem fotos! Não te acanha , tu é faca na bota que eu sei, guerrilhera!! hahah, beijão!!