29 de ago. de 2008

Arte do lado de fora da casa do melhor amigo



q saudade do meu rafinha

Ah mar...

Conheci o Pacífico...
em LIMAMIL...
Logo conto, preciso da minha escrita catartica...
compartir...
amanha q eh sabado...
esperem-me

24 de ago. de 2008

en Lima

com pressa agora, apenas preciso contar a chegada

quando o avião estava pousando, senti o meu corpo especialmente sendo atraido pela terra.
senti uma coisa forte, uma emoçao tao grande, q me deu um ataque de riso.
ri até chorar.
todos no aviao achavam q eu era gringa rindo do ingres dos comissários ...
mas era alguma outra coisa, q me fez lembra q ano passado a dúvida era entre méxico e Peru, mas q no fundo no fundo hoje eu sei:
queria ir antes pro méxico, pq o Peru vai me ter por muito mais tempo.
essa terra tem algo, q eu já desconfiava...
q será?

23 de ago. de 2008

Encontro =) (fora do tempo)

O mundo é pequeno?

MEIC, amigo querido que conheci em Walles exatamente um ano atrás!


espero que um dia possamos trabalhar juntos...
não é fácil fazer essa viagens, trabalhar voluntário, enfrentar um língua estranha, superar o desconhecido. mas vale cada pedacinho da jornada, e por cada um dos encontros é q a viagem vale a pena...
q leve no meu abraço o carinho q tenho pelo teu belo país..
=)
cuidate, MEIC!

20 de ago. de 2008

MAIOR alegria dos ultimos tempos!


Anninha, mais nova embaixadora do país dos sonhos que já é tambem projeto ecodeológico!
Embaixada móvel de VillaMaga, bem dentro desse coracao que ainda nao tem endereco fixo, mas é muito acessivel e acolhe todos com carinho!!
Meu sonhos, hace unos dias, ganharam novos personagens, novos nomes, e imagens, ilustradas pelas criativas maos de Leon Octavio, disoñador de VillaMaga, quem me nominou embaixadora.
esse momento singelo, en Cali, Colombia, acaba de dar forma e cor aos meu velhos sonhos!
gratidao enterna, trabalharemos juntos.
encontrei um professor, um amigo e um marujo, compañeiro da aventura de uma viagem para o lado de dentro!
nao podia irme de colombia sem isso, sentia, já sabia.
a viagem de ida e volta foran duras, mas valem cada minuto de iluminada coversación.
acia el futuro miramos, sonriendo y disoñando!!!

Outra vez em bogotá

essas viagens...
hoje com roupas molhadas, malas pesadas... seguindo meu caminho rumo ao que me soa como uma da maiores aventuras possíveis, Lima, Peru.
Alejandro, David, Tatis.
uma familia impressionante.
que bom que é chegar bem perto e experenciar de verdade a história de alguém, a familia, o contexto.
compartir.
depois de cada um desses lares, que em colombia também se somaram 7!!!
sete camas, sete casas, sete enderecos q por um dia ou mais eu morei, e fiz de conta q era ali meu lugar, pra ver como eu me sentia.
saio satisfeita. com primos que ganhei, amigos muy queridos. olhares inesquecívei de gratidao por uma ronda de trabalho duro e produtivo.
e me lembro de um dia q saia de uma aula de violao, das poucas q emprendi, e caminhava pela miguel tostes sonhando acordada pensando em qual seria o sentido da minha vida...
tentava eleger uma palavra, uma que fosse mais importante, agora me lembro q era porque ia a estados unidos pela primeira vez, e pensava em palavras...
essa palavra era obrigado.
queria poder escutar essa palavra ao longo da minha vida, e sabia muito bem porque. porque escutá-la significaria q estava fazendo coisas boas para as pessoas, e esse era o sentido da minha vida.
tao simples, com 15 ou 16 anos já estava claro.
esse mes fui feliz por isso. e por tantas outras coisas, especialmente palavras de amigos de outros confins, de porto alegre e outros portos...
obrigada
vou cerrando um momento para empiezar outros!
les extraño muchisimo!

e segue esse baile!

14 de ago. de 2008

A NOITE EM QUE AS ESTRELAS CAIRAM NA TERRA

Era pra ser meu dia de folga. A turma de Almaguer resolveu me levar para conhecer umas lagoas em cima de morros super conservados. O caminho era longo, saímos as 5h da manha, obviamente tudo não foi bem como planejado, já que entre nós há um Mocorroy.
Comendo poeira em uma camioneta, e cheirando diesel queimado, a paisagem ia passando de frente pra traz, como uma pelicola de matinê. Da monotonia das montanhas acidentadas, volta e meia, pero bem freqüente um dedo na estrada fazia com a caminhoneta parasse, perigando apagar, já que não funcionava com injeção eletrônica, nem tinha velas decentes. E aí subia mais um coadjuvante em minha vida. Podiam ser meninas com bebes (como a que me permitiu momentos de doçura no terrível ônibus de ontem, recarregando minhas energias com sua pequena bolinha de carne de 5 meses, calma, rechonchuda, e apegadíssima ao meu dedo indicador.) podiam ser senhores com pinta de cowboy, ponchos e chapéus quase mexicanos, com seu bigodes, sorrisos e caras marcadas... jovens perdidos a noite, senhoras agricultoras com seu rádio pendurado no pescoço, mas não pequeno como se imagina um celular, mas grandes como esses rádios pretos de plástico que os pedreiros escutam jogos de futebol.
E assim seguia, subindo e descendo gente pelo caminho. E o Camilo e suas perguntas (8 anos, e uma mente brilhante). Chegamos lá e me fizeram subir a cavalo, com razão, pois era altíssimo. Eu não sentia dificuldade de caminhar, apenas sentia que em um pequeno trecho meu coração começava a bater tão rápido que eu não podia mais respirar... e parava por preocupação de cair morta com um enfarte aos 22 anos.
Quando começamos a chegar na coluna vertebral da montanha, eu olhava pra traz e o vale de La Papas estava iluminado, verde claro, como uma coisa divina, enquanto todo o resto era acinzentado por uma nuvem bem sobre a nossa cabeça. Lá embaixo no pé da montanha a minha direita havia manchinhas claras q logo descobri que eram essas plantas extremamente peludas que são guardiãs de água. Quando chegamos lá em cima eu tive alguns segundos de uma vista, a mais linda em termos de ecossistema de Colômbia até agora. E soube que não duraria muito aquele momento. Eu, que já estava no meu limite, de uma semana super cansativa, agüentando o frio, comecei uma hipotermia forte. Começou a chover e formou-se uma imensa nuvem que já não se via nem uma partezinha da lagoa, e desesperadamente supliquei para que voltássemos.
Lá abaixo da montanha pude recuperar meu calor e minha estrutura emocional. Mas na caminho até lá me senti um bebe de colo, abandonado. O frio mexeu comigo de uma forma, meu corpo todo doia, em especial as mãos congeladas, e eu montada num cavalo que descia uma trilha cheia de cascalho, resbalando e tropeçando, e eu pensando que a qualquer momento despencava dali e batia minha cabeça numa pedra. Cheia de medo e dor, queria chorar, brigar.. mas não tinha ninguém ali pra levar a bronca.. ai eu ria por dentro e pensava como a vida era frágil.
No caminho de volta a caminhoneta atolava, parava de funcionar, juntava gente e passava pelo mesmo caminho que desse vez estava virado pro outro lado e não era mais de ida e sim de volta.
E foi nesse mesmo caminho q dessa vez escuro por noite e não por chuva, surge essa pergunta, bem séria desse menino: "mãe, por que as estrelas caíram na terra?" ao ver as luzes dos povoados a frente... e eu fiquei pensando na riqueza que é ter a mente aberta a tantas possibilidade nessa idade, que é capaz de aceitar a possibilidade das estrelas terem caído na terra.
E o que é que acontece com a gente, que endurecemos tanto, e não somos mais capazes de fazer essas perguntas...?

de Paraga...

Para el blog, desde Paraga.

O que não sai da mina cabeça é a intensidade desses últimos dias.
Ontem horas e horas, longas naquele Bus, com gente no teto, com gente nos bancos, no encosto no meu braço transformando mina coluna em Ese, e me pondo em dilemas profundos.
A primeira coisa que começou a me tirar do serio foi ver a gente metida dentro do bus brigando por lugares, brigando, discutindo, e me dizendo para sentar logo, Mona! (assim chamam mulheres brancas aqui).
E por quê brigam entre si, e não com o dono do bus?? Por quê aceitam serem tratados como gado, e postos em riscos? Naquelas curvas imensas, eu que estava do lado de dentro tinha medo de sair pela culatra, imagina quem está lá em cima sem cinto, sem nada, correndo de verdade o risco de cair.
De Almaguer sai um Bus as 4h, outros as 6h, outras as 7h e outro as 13h. Ou seja, o nosso era a última possibilidade de sair de lá ao sábado.
Estavam todos montados ai como bichos, com suas sacas grande de coisas q vendiam ou compravam no dia de Mercado (feira para gente).
E me doía pensar que isso era mais uma das formas que a gente explorada encontra de vingar sua sina explorando outros.
Por que não viajar de uma forma mais digna, pq não oferecer dignidade em resposta a dor sofrida?
E o meu dilema era se eu cedia lugar a essa agressiva velhinha que me empurrava pra fora do ônibus. Mas me dava pena: mais de 7 horas de pé torta. Por outro lado eu estaria servido ao sistema q eles criam, onde as pessoas tentam compensar internamente as coisas, sem reclamar com eles, sem confrontar. Então, buscando um caminho do meio, oferecia meu encosto de braço, e o meu conforto, já q a partir daí ía mais para o lado, caindo sobre o moço do meu lado, mas pesando a cabeça pras costas da veia.
Pensando no piolho que podia saltar facilmente de índia pra Mona... no cansaço da outra senhora que vinha toda a viagem sendo molestado por uns borrachos porque carregava uma garrafa de 2l de leite.
E a poeira entrava cada vez q paravam e metiam mais gente.
A cada buraco o teto fazia um movimento para baixo como que fora despencar na minha cabeça. Aquela gente com tralha de mercado, a decoração vermelha no teto do Bus, o cheiro de trabalho,a poeira preta no meu nariz, e a vista ao lado, tudo me parecia uma fotografia, e eu me sentia longe dali, relembrando meu cansaço, relembrando o que significou conhecer as entranhas de uma Colômbia que antes desconhecida por mim, não existia.
O desfiladeiro, alto, vazio, perigoso, duro, e a professora resolve me contar que aí já caíram 5 chivas (esse ônibus q parecem o dindinho da praia de Imbé). E em uma dela estava sua prima e muitos de seus alunos.
Ui prof, isso é hora de me contar isso?
Essa pessoa super querida, que conseguiu me fazer sentir oprimida pela quantidade de comida que me oferecia, e o excesso de proteção. Me fazia sentir como um bebe e chamar muita a tenção, o que não gosto.
Mas também é tão bom sentir o cuidado das pessoas. Assim sou eu esperando que meu sapinho cante e que seja tu. A me dizer que sou bruxa, que te conheço e que sem saber bem como ou porque, te entendo.

13 de ago. de 2008

Corpo e Alma na estrada- Macizo colombiano e muito mais...

Quanta coisa em 10 dias.
muitas fotos.
muitas cena. nem todas feitas com a Canon,
algumas gravadas na retina. e na alma.
já conto. espero conseguir.
preciso.
voltei de lá, direto para mais trabalho. mas nao consigo nem respirar.
nao consigo quase nada de ansiedade de contar, de sentir q toda a dor valeu paena ser vivida, porque virou historia, gravada neste tempo q é curto e cheio de demasiadas coisas... q nos fazer perder o foco!
pasa tempo, pasa coisa. e nao sai, ainda nao,
espera q vem, jah vem, por onde começar?

quero começar pelo mais duro,
pelo que me colocou em dilemas.
pelo que mudou minha rotina.
que me fez esquecer q tinha q comer
q me deixou na estrada, com malas perdidas, sem saber onde estava,
queimada pelo sol
molhada pela chuva, com medo de nunca mais esquecer a imagem.
pensando em porque nao consegui fotografá-la

escena 1.
eu já estava exausta, sentanda num piso quente do municipio de Rosas. partindo para o último povoado para mais uma vez repetir as oficians de projetos.
esperando um transpote com meu amigo Darwin que me acompanhou desde Paraga.
pensando: voy embora pra Popayan, minha intuiçcao me diz q já era, hoje nao dá mais pra trabalhar.
lhes explico: ia trabalhar todo o dia lá, mas como tinha falecido uma professora, adiei para a tarde apenas, para q pela manha os alunos pudessem vela-la.
13h chegou o onibus lotado, o cobrador pegou minha mala de roupa e nas minhas costas a minha mochila com lap y camera.
o onibus ia tao rápido, mal podia me equilibrar, estava bem perto da porta.
a gente amassada la dentro sendo jogada de um lodo pro outro naquelas curvas beirando pressipicio.
uiii
tenho q me desconectar.... jah sigo o relato, deixo o suspense!

dia seguinte:
passei a noite escrevendo off line e agora colo tudo aqui:
Agora a noite antes de dormir, preciso seguir essa tarefa, desopilar, descarregar.
Contar que pasó...
cena 2...
Pois esse home louco, que vinha conduzindo pelas curvas numa velocidade perigosíssima, me fez ter vontade de registrar a cena. E eu tinha minha Canon no meu peito, pronto, ligada e tudo, mas tive vergonha. Me deu pena da gente. Como se sentiriam saculejando dentro desse bus de merda e uma Mona, como me vem, gravando esse desparate em Miles de pixels. Algo me continha. Passou pisoteando meus pés o cobrador, e foi para o seu posto no ultimo degrau da porta aberta do bus. Onde também estava uma outra menina com sua saia chadrez de colegial, entre eles e eu mais duas meninas, muitas sacolas no chão e um abismo cultural. E eu ainda angustiada porque mal me equilibrava com minha mochila pesada nas costas.
Olhava pela porta para eles e de repente o inesperado, pero não improvável. 
Gritos. 
Pára, pára!!! gritavam as meninas. 
O bus começa a freiar. 
O meu cérebro não quer enfrentar a dura realidade e demora a me devolver a informcçao q captou no ambiente. 
O Cobrador desapareceu. 
O "corpo" que eu me referia era dele, na estrada.
Desci, meio insegura e ainda sem entender, com mais umas 20 pessoas. Me aproximei do local onde se amontoava La gente, se gritava, se tentava ligar para uma ambulância. Que raiva q me deu, o motorista ali de assassino irresponsável, não sabia primeiros soccoros. Os homens tinham juntado o Cobrador de um barranco. Tinha caído de cabeça em alta velocidade. E tentavam pôr ele sentado. Mas a coluna tava destruída e eu dizia: NÃO!! Tem q deixar ele imóvel, falar com ele, mantelo acordado. Não pode mexer na coluna!!! E os olhos deles estavam brancos leitosos com sangue por fora, o corpo todo quebrado com sangue, e mole. Babando, se engasgando, mas ainda respirando. 
A minha câmera se juntou com a minha respiração apertada, e eu me via tirando ela da capa e fotografando o sofrimento e a injustiça ali ilustrados por carnes e ossos. Mas não tive coragem. O ambiente era tão violento q tive medo de ofender. De assustar o maldito motorista e prejudicar o ferido. Não fiz as fotos. Mas fiz. Elas estão na minha retina, coladas. Nunca serei capaz de esquecer. 
De repente ele levantou e caiu de novo. Eles meteram ele no bus como quem mente um saco de batata, e levaram pro hospital. Eu fiquei na estrada, ali no meio do caminho, com mais montes de gentes. E com o bus se foi a minha mala, q nem era minha, e sim da Clarissa.
Eu sentei na beira da estrada e tinha um nó na garganta. Pensava na distancia do hospital, na estupidez daquele acindente, na minha maleta, e porque não tinha escutado minha intuição e ido para popayan? Queria chorar, queria ligar para alguém, para que alguém me dissesse como eu era corajoda de estar ali firme e forte. Mas não pude. Então sentei e esperei.
E olha q não gosto de esperar. Me angustia. Mas que eu podia fazer? 
Coitado do homem, eu queri dizer. Coitado!! por que? E depois de mais de duas horas sentadas ai, não podia pegar outro ônibus pois esperávamos as maletas, começa a chover. Hoje me dou conta q me queimeir com o sol, tinha medo de molhar computador. 
Sentei abaixo de uma arvore e chorei. Sem lágrimas pois a chuva já enchaguava por mim, o sangue, o cheiro, e o dilema, de não ter tido coragem de ganhar essa historia. Teria sido útil para alguma coisa. Mas tive tanto medo de ofender a dignidade desse hombre q jah tinha sido transformado em um saco de ossos.
Por que eu tinha que ver aquilo? Já estava acabando minha jornada.
Porque? Que dor pensar q podia sim ter sido eu, estava ali perto. Se fosse eu, sei q não sobreviveria, e será q saberia q estava morrendo, será q enchergaria a queda, escutaria o barulho do ossos. E porque a gente trata a vida como se fosse uma novela. Porque a gente não tem um prazer de viver tão grande quando a dor de se morrer assim?
De que serve tudo isso afinal se de repente pode acabar assim, sem sentido.
O corpo, a estrada. E eu ali. Sentada, perdida. Me sentia muito só.
Logo as coisas começaram a se resolver, chegou o prof Jill de La Sierra, me busco em seu cavalo branco que era uma moto mal revisa, branca. Chegou El Bus com a minha maleta. E foi fazer a ultima oficina. 
Cheguei lá as 16h. já era super tarde, eu queria ir embora, mas comecei o trabalho. Super seria, super cansada, super triste. 
Falei, falei, falei. Recebi a bela noticia sobre lima, e segui falando. Seguimos atividade e lá pelas 21h comecei e me sentir pior, pior, já não podia me sustentar. Baixou pressão. Pára tudo que quero descer. Sentei, fiz o q o querido tio Pio me ensinou, passou e pedi água. Me dei conta q não comia desde 10h da manha. Fui comer, voltei, terminei o trabalho, fui dormir para no dia seguinte ir embora, de vez para Popayan, em um bus com a porta aberta e muita gente pendurada nela, inclusive um home com uma menina de um aninho sentada em uma perna, q me olhava com cara de nojo quando eu pedia pra fechar a porta porque era perigoso. 
Que asco q me da La gente as vezes, como podem ser tão idotas. Até q menina saia voando pela porta, ninguém se importa. Antes eu andava nesses buses e pensava q era perigoso. Agora já era outra coisa. Uma alma ferida, uma cena doída q eu não precisava ter visto, mas vi. E um trauma. Por que a gente não aprende? Não sei, mas eu aprendi.
Corpo, na estrada, quando deveria estar dentro do Onibus.
Alma, aberta, nem sempre recebe só coisa boa nos lugares q passa.

Caminhos q se cruzam, e q deixam de existir bem na tua frente.
Esqueci de comentar que depois da chuva, depois de muito tempo esperando na estrada, chegou a ambulancia.

De resto a jornada foi cheia da ação do morrocoy.
Altamira:
Trajeto difícil, cidade pequena, mercado na segunda, radio que eu dei Buenos dias, pedrada anônima, policia nas ruas. Fotos belas, cidade com pouco carro, casas na beira da estrada. Vendem minutos e até chamada internacional.
Fotinhos em breve
Almaguer:
Trajeto duríssimo, em moto. Pela altura e pela velocida, muito frio. Estrada perigosa.
Raiva. Me buscam sem capacete, risco e mais risco. Vamos comer poeira.
Chego e enfrentei vários desafios.
O acampamento, onde os professores não são exemplos. Onde esperam muito de mim, eu vou indo, tateando, onde o cavalo é para mim, e me dá muita vergonha. Riem de mim porque lhe deixo descansar. Eu digo pra ele andar, porque eu não vou bater, então q me escute.
Cidade linda, de piso ladrilhado, não batido, não vi nem um carro. Demorei pra me dar conta disso. Só cavalo, moto e caminhonete de trasposte coletivo. Fotos impressionantes, choques culturais. Não comem verduras,indígenas de varias regiones, fotos do mercado geniais. logo logo...
Sexta feira: dia de descanço, me oforecem de ir conhecer logoas. Longe, carro estragado, de gado. Metade do caminho, faltam mais duas horas de carro. Decidem ir assim mesmo, quase morro pela autura nao consigo mais caminhar, vão um busca de um cavalo. A estrada não passaria nem caminhonete com tração nas 8 rodas!!
Nada, o cavalo afunda e se desespera no barro fundo e pegajosos, eu quase caio mil vezes, me canso de brincar de rodeo. Quando começamos a chegar no pico na cordilheira a paisagem roba a cena. Mal cosigo respirar, é imenso e lindo. Ai está o lado, faço umas fotos, faz muito frio, jah não posso mais agüentar, chega outros gritando, fecha-se a nuvem ninguém mais vê a lagoa. Ela não se deixa ver , diz a prof. Se não respeitam o silencio, começa a chover eu começo a entrar em pânico pela dor nas mãos de tanto frio. Acho q era uma hipotermia, descemos correndo, não consigo me seugrar no cavalo, e os cascalhos fazem de cada passo uma possível queda. Eu odeio esse momento, desejo a minha mãe, e nunca ter saído de casa.. quero chorar de raiva. Mas tudo passa.
Mais abaixo paramos para comer, a chuva não chegava no pé da montanha.
TranQuilo, agora soh falta 2 hora de caminhada de volta na estrada de barro, e mais 4 horas de estrada de chão.

ESSE FOI O DIA Q AS ESTRELAS CAIRAM....
LOGO VEM AS FOTOS

7 de ago. de 2008

Alma Guerrira nas alturas de Almaguer

Ao vivo, de uma das oficinas do Macizo Colombiano,
compartilho que o Mocorroy aqui em Almaguer também nao deu trégua!
ontem ficamos trancadas na escola de freiras a noite, onde contam os contos que cabeças rolaram e tudo mais...
agora vamos aprender a publicar em blogs...
essa gente massa da ELASJ Colombia,
olha, nao perde, pq eles vao voar com esse farramentazinha do povo que é o Blog
www.elasjcolombia.blogspot.com
confere ai magrao, e nao me pergunta onde ando, pq nem eu sei explicar muito bem.
estao me engordando, com um plano malevolo, para me assar no proximo festivo de la cidade!!
perigo, alerta, posso nao sair viva desse canto do mundo...
mandem o resgate direto da embaixada de França!!
segue o baile, mais uma vez, com o ritmo q eh hibrido de samba e salsa, e como eu, nao é coisa nenhuma...

4 de ago. de 2008

asta Altamira no escapa del las garras del Mocorroy

Precisa dizer mais alguma coisa?
no caminho para altamira, duas vezes atolamos, e uma simplesmente ficamos uma hora parados ate que a populacao do povo local tapasse um imenso buraco na via...
uma viagem de 4 hoirinhas durou mais q necessario...
mas, aqui, de volta a Altamira, rumo a Almaguer, Paraga y La Sierra....
missao: projetos y blogs
:)
me encanta...
saudades tadavia...

2 de ago. de 2008

el Mocorroy

El Mocorroy soy yo

asi como los perros pueden vestirse com camisas q dicen Colombia soy yo....

As coisas aqui nem sempre fazem todo o sentido do mundo!
e se aprende, se aprende...

bueno, que seria o Mocorroy??
pois justamente uma corruptela de uma expressão de acá: Morrocoy!!
que significa coruja, e também mal agouro!!!

e essa é a piada do momento.
lhes explico.
combinaram de trabalhar na finca do Raul; ele, Alex, Andrea o italiano, e eu. íamos fazer um almoço italiano, andar a cavalo, e trabalhar conectados na internt
Chegaram a casa (onde moro) e faltou internet, o cavalo tava manco, e acabou o gás.
levantou-se a possibilidade de que um de nós era um Morrocoy...
pois no dia seguinte fui até a Organização FEDAR, espaço de arte para niños especiais, mto legal, onde mora o italiano, e faltou água.
no outro dia combinei de ir até lá, para de lá sair com o BUS com as crianças até a granja onde estudam e trabalham...
o BUS quebrou.
e assim vai, ontem depois de horas na fila do hospital, pra um atendimento péssimo, chegamos em casa e faltou luz...
foi aí que eu mesma assumi meu papel de moCOrroy...
mas me equivoquei na pronuncia, y pronto, gargalhadas na caminhoneta vermelha do Raul, cheia de uma baita Familia que são eles!!

isso para que conste.

tem tanta coisa que ainda nao consegui escrever aqui.
não contei ainda nada de Bogotá.
amanha vou a Altamira novamente. se não houver greve de Onibus.
passarei uma semana ou mais trabalhando com joves dessas 4 regiões.
Hoje tem uma festa supresa para o Ricardo, fellow do Fedar, com música cubana ao vivo.

teve a Marcha que preciso contar.
tem o peru, no fundo dos meus olhos.

tem tanta coisa.
mas tudo vai estar na versão final do livro, que pretendo dar a luz ano que vem.
no mais
vem e vai a saudade
e de existencial passa a essencial, essa viagem q não pode acabar...