9 de jan. de 2008

a fuga e o destino


A fuga já não é mais a grande questão.
é o destino.
na verdade o sentido. que é muito mais importante que o destino em si.

importante é palavra forte. ainda vou aprender muito sobre ela.

ontem descrevi o sonho, devaneio ou fantasia da perna esquerda, que me persegue e me desafia, volta e meia, mais freqüentemente do que eu gostaria, mas o que me inspirou a fazer isso mudou.
esse fato ou cena inspiradora mudou, assim sem dar aviso prévio. mas não foi pra simplificar nada, e sim alongar e intensificar a complexidade dessa minha existência.
isso prova que na vida a única verdade é que tudo é ilusão.
até acreditar nisso é tolice.

nada vale a pena de ser sofrido.
ainda assim a gente sofre.
horrores.

tudo depende do lugar em que tu estás. do teu referencial.
eu insisto, o ser humano é um bicho totalmente dependente, em especial de seus referenciais.
o que é bonito e o que é feio depende....: do que o sujeito já viu e sentiu.
o que é bom e mal depende totalmente da história do vivente.
o que queremos ou não queremos depende totalmente do que já temos ou não somos.

se te oferecem uma coisa de graça, é difícil que aceites sem diminuir seu valor.
todo mundo adora brinde, free, essas coisa.
mas quem cuida deles, quem se importa com eles?

dizem q é preciso sabes botar o preço das coisas (que coisa mais horrível, capitalista, nojenta!!!)
será que o amor é mais barato que a paixão?

o sentido da vida é o grande mistério que não pretendo desvendar.
e o sentido da minha vida, nesse momento, é ir.

não sei se um ir sem olhar pra trás, não sei se um ir pra nunca mais voltar.
mas sem dúvida ir, e enfrentar a minha frustração com esse mundo que não faz sentido (é forte conflito) com a inspiração que ele produz em mim.

que hacer?

é muito doido quando se sente que por se ter consciência do que esta passando (como na espera da amputação da perna) existe uma possibilidade de mudar.
cambiar

é doido e doído quando se vê a possibilidade, mas só de longe, sem conseguir agarrá-la, sem manejá-la, e aquilo tudo segue, bem ali na tua frente, mas dessa vez pior, alumiada pela distante possibilidade que vai ficando pra trás...

mas e quando a gente sente a mudança no corpo da gente, mexendo, virando, sacudindo tudo? e o que a gente via antes como espectador preso do lado de fora da tela, agora tá perto, ao alcance das mãos e do coração. aí vem o peso da responsabilidade, de saber que agora sim, se pode mudar.
mas claro que tudo depende.
e dessa vez depende do querer.
saber o que se quer é tarefa árdua para um povo que tem tão pouca escolha quanto o nosso que sobrevive a esse sistema pseudo-liberal, capitalista nojento.
saber o que se quer é conhecer ao corpo, à alma e à mente, esses 3 que quase nunca andam juntos.
saber o que se quer é ter coragem de escolher, e de na escolha se perder.
porque quando se escolhe, é sabido, não sou eu que to dizendo, se perde muito mais do que se ganha. isso porque vivemos num tal mundo complexo das conexões ocultar e das redes, e nelas tem muito mais caminhos possíveis do que caminhos traçados de verdade.
vivemos o mundo das possibilidades.

e nunca se foi tão refém da abundância de caminhos.
o ser humano, que pertence a esse povo da babilônia, fica paralisado diante da multiplicidade. prefere sempre o conselho do desconhecido, da propagando e do marketing, do que confiar no seu próprio taco, na sua intuição e na sua vontade. até porque é sempre bom estar no "lugar"de consumidor, que é o sujeito com mais direitos adquiridos que eu conheço e o único que tem sempre a razão.
mas quando a escolha não é de sabão em pó ou da TV de plasma, a coisa aperta.
qualquer coisa subjetiva é um desafio.
mas é claro, pode-se relaxar e deixar-se levar pelas delicadas mãos das mensagens subliminares, aquelas que nas novelas, filmes, músicas e etc vão nos ensinando quem ser, o que desejar, que valores defender e o que querer...

façam-se os cursos de como fazer escolhas.
mas não as de mercado, de estatística, de custo-benefício.
aquelas!
que mudam a nossa vida...
que não têm explicação...
e que podem até não fazer sentido (aparentemente)
mas dão sentido, assim que feitas.

hoje a diversidade tá pilhando as palavras.
hoje a busca é por sentido.
quero encontrá-lo nas minhas escolhas.

eu não fiz o curso.
mas também não me iludo de que haja A escolha certa.
sei que todos caminhos levam a Roma...
que tudo sempre acaba em pizza...
que a vida só termina quando acaba...
e que o amor nem sempre faz sentido...
e, que o que importa é como se faz a escolha, é o trilhar do caminho, e não pra onde ele leva.



Um comentário:

disse...

Não vi não, não tá no teu blog, é um post paralelo? hehe
Li os três últimos.. escuta aqui baxinha!!! Tá na hora de pula da ponte e segui o rio!!! hahahah, não, não faz isso não, na estrada em floripa um velho me disse, nunca troque um atalho por um caminho. Não é só atitude de gente preguissoa mas ansiosa e impaciente. Anda fazendo ioga? Iquilibrio tranquilidade, meditação, respiração? As práticas são internas, o caminho se constrói por dentro, a ação é involuntária, quando for pra caminhar não se percebe que se está caminhando. Já se flutua... Lembra , que os caminhos mais difíceis levam aos lugares mais lindos... depois se é rei, depois se tem o mundo, se pode ter luxos, e escolher, apontar e ir, " porque o mundo está girando, por que o amor é velho, o amor é novo". Lembra é o planeta que precisa, não só o méxico, são milhares de pessoas envolvidas em projetos parecidos, eu lembro, cadê todos eles, ninguém sabe dos sentidos dos destinos, dos destinos dos caminhos, dos destinos dos sentidos, de ti, só se sabe de ti, de amanhã de manhã quando tu acordar, e sentir de novo, aonde eu tô? isso é real, o que que eu vo fazer hoje? o que me faz continuar? tem muita coisa que não faz sentido, agora, logo quando se vê de si cima, se ve tudo..
Não sei, vi o The Corporation, e pensei o tempo todo em ti, é isso ai mesmo, tu já te levantou do sofá e foi!! Tudo já começou a 4 meses , já percorreu alguns milhares de quilômetros, falou o que tu tá fazendo para algumas centenas de pessoas, só isso já faz a diferença, só isso é exemplo, só isso já se faz pensar muito, processo beija flor!! heheh, mas é, pequenas coisas, poucas palavras, contatos de longe, de perto, olhos e bocas falando, isso muda, isso vale muito, agente tá falando do planeta, não dos problemas do condominio fechado. Fiz um vídeo de míseros 15 minutos falando sobre os meus velhos do remo e o que eles entendem por meio ambiente e cuidar da natureza, são seis exemplos, são seis olhares, sentidos, e agente mostra eles..
Baxinha! só vai!! hahaha
Minha cabeça tá fervilhando com tudo isso tb, to escrevendo tcc, fazendo dois documentários por mes, apresentando trab, em mil seminários, idéia na cabeça camera na mão... e um brasil por se percorrer tb, vô faze uma campanha aqui, Fica Anninha!! hahahah
Grita! que te escutam, haha, agente é pequeno mas incomoda!
Beijão, te cuida nas estradas!