1 de jul. de 2008

ciclos

hoje fecha, acaba, começa.
hoje que nem é mais junho nem ainda julho, é meu dia fora do tempo.
hoje foi milagre? foi sorte?
era pra ser?

saí com o coração batendo forte de casa, querendo me fazer até perder o ritmo das pernas.
caminhei olhando pro minhocão, nessa regiao de SP que fiquei tão pouquinho, na minha casa numero 7.
nenhuma casa merece mais esse numero, do que a casa da Flor.
Menina doce, cheia de anseios de acolher deus e o mundo no seu canto experimental de permacultura urbana.
querida, queria mais tempo contigo, com o Felipe, com a Juli.
mas queria mais que tudo fechar meu ciclo, e finalmente
partir para fora da zona portuga-parlante.

depois de duas semanas triste, em luto, pela dor de não estar onde quis estar.
descobri que se quisesse estar em outra parte onde pudesse estar,
era como se fosse uma solução
aunque no sea...
como se fosse...
mas tb era.
e assim eu fiz.
desejei estar então na Colômbia.
e não eh q comecei a desejar isso sábado,
domingo com mais confiança,
segunda jah com ansiedade, e terça
terça, amanha, hj
jah estarei partindo...

tá provada a força da mente,
ou das soluções Latino Americanas.

mas não dá pra se iludir que escolher não é também perder.
e perder dói, não sei porque,
se dessa vez não é perna esquerda nem direita.
dessa vez é laços, planos, expectativas, momentos.

o que que aprendi porque perdi
foi que sempre que se perde
também se ganha
no mínimo a liberdade de não mais se ter.
no máximo, milagres como a minha passagem, como a minha vidinha,
q cada vez se mais puxa pra me deixar sem palavras.

uma passagem mais barata de um dia pro outro.
tudo q eu precisava para sair fisicamente do meu Samsara.

O México é uma paixão.
o México sofre e chora.
não é que sinta a minha falta.
o buraco é bem mais em baixo.
e já encomendei um texto das próprias vozes que vivem a dor
dos direitos humanos brutalmente violados.
das mortes
dos pisoteios.
e da corrupção que exclui.

entendi
que agora não é o momento.
e que longo processo vivi, para llegar ao mesmo lugar.
só q não a mesma, claro.
volto a llegar em São Paulo, para daqui partir.

dessa vez parto para uma viagem só minha.
não é de trabalho pros outros.
é de trabalho para mim.

me julgo, me prendo, me proíbo.
como me disse um amor,
cada vez q acredito estar me libertando,
num esforço grande
tiro dessa mão para aquela
a corrente que pesa e segura.
que ilude
que apreende.

com tanta dificuldade
para uma coisa simples
que é uma pessoa
transitar pela sua própria terra.

as coisas só podem estar muito erradas.
como pode ser mais fácil ser Italiana do que Brasileira, na América Latina?
quando é que a Colônia
vai tirar de uma mão pra nenhuma
a corrente q pesa e coíbe.
que usa da força para explorar.
q tira e mói a dignidade.
que destrói ou cambia sentidos.
de quem já tinha feito suas escolhas
e nao precisava de nada disso.

até que não é por aí.
precisar é coisa bem complicada de definir.
quem sabe se o cara adoece pq pegou frio ou pq precisava dar uma parada?
se cuidar mais.?
sei eu?!

só sei q a alegria nao espera a tristeza passar
vem junto sem pedir licença
o que é bom pra quem estava triste.
mas é ruin para quem vai continuar.
pq vai se sentir só na sua dor.

mas eu deixo aqui bem claro
q nenhum de vocês está só.
q a dor que vocês sentem
passa por dentre a minha alegria.
e que a alegria q eu sinto
é também por saber que a vida vai aprontar dessas com a gente.
mas que vocês não vão se deixa abater.
vão ser forte como quem desejamos ser.
não sei se é sangue o ambiente,
mas a cultura de vocês é da dulzura somada a fuerza!
y eso es lo q más mi encanta.

por isso, com uma homenagem ao povo Mexicano,
que conquistou o meu carinho
dedico esse momento lindo.
de fecha, abre, e recomeça.
de ciclo, que dá volta e saltos.
e que está, no fundo,
como eu,
aprendendo a dançar...

2 comentários:

Mirna Nóbrega disse...

Já foi????

YINA disse...

Hola anna,
Sabes que hice esta cuenta para escribirte algo.

No se como, mira, aun cuando me da mucha pens lo que ha pasado, todas las complicaciones para llegar a Mexico, no se realmente como has podido sobrevivir estos casi 6 meses y te admiro por eso. Aun asi siento mucha alegria por lo que has vivido, por lo que conociste en Popayan, tengo incluso un poco de envidia, todo lo que aqui muestras son cosas bellisimas, ademas la compañia de Claudia, su nena, Raul y Oscar y toda la gente que debes haber conocido alla.

No dejes de agradecer a Dios, a la vida, a la naturaleza o a quien tu quieras por todas esas bendiciones.

Y yo espero de verdad que sea pronto el dia que ya puedas estar con nosotros.

Seguimos esperandote con los brazos abiertos.

Te quiero muchisimo y te mando mucha energia positiva